Como funciona a Saúde?

O Regencialismo busca integrar a oferta pública e privada de saúde, dando ao cidadão o poder de escolher e, ao mesmo tempo, garantindo fiscalização, transparência e participação popular. A implementação na prática requer planejamento, recursos e um período de transição, mas a proposta oferece soluções potenciais para problemas crônicos do sistema atual, como filas, ineficiência e falta de liberdade de escolha.

O que é o SisNAS e como ele se compara ao SUS atual?

No Brasil, o SUS é o sistema público que oferece saúde gratuita a todos os cidadãos. Ele é financiado pelos governos federal, estaduais e municipais.
No Regencialismo, seria criado o SisNAS (Sistema Nacional de Saúde), que funciona como um “guarda-chuva” de políticas de saúde. Embora também tenha recursos públicos (federais, regionais, estaduais e municipais), o SisNAS oferece vouchers para custear o atendimento em entidades públicas ou privadas credenciadas. Isso permitiria ao cidadão escolher onde quer se tratar, seja em hospitais públicos ou privados que façam parte do sistema.

Como funcionaria esse “voucher de saúde”?

O Voucher de Saúde seria concedido a todo cidadão, sem custo direto para quem recebe. Ele funcionaria como uma espécie de “crédito” para custear consultas, exames e procedimentos de saúde em locais que aceitem o voucher (públicos ou privados credenciados).

Você não precisaria comprar o voucher: o valor é financiado pelos governos (federal, regional, estadual e municipal), de acordo com o orçamento aprovado.

Além disso, o valor não usado ao longo do tempo pode ser acumulado (conforme regulamentação local). Assim, se em um período você não gastar todo o voucher, o saldo “sobra” para o período seguinte.

E se a verba do governo não for suficiente? Vai faltar atendimento?

Um dos objetivos do SisNAS é viabilizar a participação de clínicas e hospitais privados, ampliando a oferta de atendimento.

O Texto da Norma estabelece que existem regras de rateio de custos entre os diferentes níveis de governo, diminuindo a chance de ficar sem verba em casos emergenciais (como decisões judiciais obrigando tratamentos caros).

Cada esfera (Federal, Regional, Estadual e Municipal) teria obrigação legal de contribuir. Isso amplia a responsabilidade compartilhada e pode reduzir a sobrecarga em um só nível de governo.

Como ficam as filas de espera e a lotação nos hospitais públicos?

No sistema atual, muitas pessoas dependem exclusivamente do SUS e acabam em filas nos hospitais públicos.

No modelo Regencialista, você pode usar seu voucher em hospitais públicos ou particulares credenciados. Com essa possibilidade:

Há um estímulo para que mais hospitais privados se credenciem, pois eles receberão pagamentos via voucher.

Ao mesmo tempo, quem preferir continuar no sistema 100% público local também pode fazer isso (conforme políticas públicas locais).

Essa divisão de demanda pode reduzir filas e aumentar a oferta de serviços, pois você não fica limitado a um único local de atendimento.

Como seria a fiscalização de tanto hospital público quanto privado?

O texto da Norma estabelece que o Conselho Gerencial (em todos os níveis) e órgãos de auditoria fariam fiscalizações periódicas.

Todos os prestadores, sejam públicos ou privados, que recebam o voucher estariam obrigados a prestar contas:

Informando o número de atendimentos, os procedimentos realizados e os gastos envolvidos.

Existem punições previstas para quem cometer irregularidades, podendo até ser excluído do sistema.

O Sistema Virtual do SisNAS garantiria transparência e integração de dados, ajudando a detectar fraudes de forma mais ágil.

E sobre as desigualdades regionais? Municípios pequenos vão ter os mesmos benefícios?

O texto da Norma enfatiza que cada município, estado e região deve organizar suas políticas de saúde levando em conta as especificidades locais.

Há a obrigação de se estabelecer unidades físicas de atendimento (públicas ou em parceria) mesmo em áreas remotas.

Com o modelo de voucher, se não houver um bom serviço público, você pode buscar atendimento em outra localidade ou em algum parceiro privado.

Cooperação entre os entes federativos é obrigatória, ajudando a compartilhar custos e soluções (por exemplo, transporte e telemedicina também podem ser viabilizados pelo SisNAS).

Quais os principais problemas do sistema atual e como o Regencialismo pretende resolver?

Problemas atuais (exemplos):

Longas filas e demora para consultas e exames.

Falta de recursos ou má distribuição deles.

Ineficiência e dificuldade de gestão em todas as esferas.

Pouca liberdade de escolha do cidadão (ou é SUS, ou precisa pagar plano de saúde privado).

Soluções propostas pelo Regencialismo:

Voucher de Saúde: Cada pessoa recebe um valor para usar onde preferir (público ou privado). Isso tende a diminuir filas em hospitais públicos, pois parte da demanda vai para o setor privado credenciado.

Cooperação e rateio de custos: Orçamentos definidos colaborativamente, evitando que apenas uma esfera (por exemplo, a Federal) fique sobrecarregada.

Fiscalização e auditoria integradas: Transparência no gasto do voucher, reduzindo a possibilidade de desvio de verba.

Incentivo à participação privada: Aumenta a oferta de serviços e estimula a competição por melhor qualidade.

Como o cidadão comum poderia se informar ou participar das decisões sobre a saúde no Regencialismo?

O texto da Norma menciona mecanismos de participação popular:

Audiências públicas, consultas populares e ferramentas de avaliação do serviço.

Possibilidade de denunciar irregularidades ou compartilhar satisfação/insatisfação com um prestador, o que pode levar a auditorias.

Cada conselho (federal, regional, estadual e municipal) teria canais para receber feedback da população e realizar ajustes nas políticas de saúde.

Além disso, o Sistema Virtual do SisNAS teria espaço para que o cidadão acompanhe o saldo do voucher, registre reclamações e avaliações de atendimentos.

No fim das contas, quais os benefícios práticos para o cidadão comum?

Mais liberdade de escolha: você pode optar pelo hospital/consultório que preferir, desde que seja credenciado.

Possível redução de filas: com maior oferta (público + privado credenciado), o usuário tem mais opções de atendimento.

Transparência nos gastos: você sabe exatamente quanto tem no voucher e em que procedimentos seu dinheiro (público) está sendo gasto.

Cumulatividade do valor: se você não usar todo o seu voucher em determinado período, o saldo fica para depois (conforme regulamentação local).

Foco na eficiência: como há competição entre públicos e privados, a tendência é que melhorem a qualidade para atrair o paciente-voucher.

Como ficam os médicos e profissionais de saúde nesse sistema?

No SisNAS, tanto o setor público quanto o privado podem ofertar serviços. Logo, ainda haverá profissionais contratados diretamente pelo governo para hospitais e postos públicos (conforme políticas públicas locais).

Quem preferir ter seu próprio consultório ou trabalhar em hospitais privados também pode participar do sistema, desde que credenciado e aceite o Voucher de Saúde.

Assim, o profissional de saúde tem mais flexibilidade de atuação e o paciente tem mais opções de atendimento.

E se algum hospital privado se recusar a aceitar o voucher?

Para participar do SisNAS e receber recursos públicos via voucher, o hospital ou profissional deve se registrar no sistema e aceitar o voucher.

Se um hospital privado optar por não aceitar, ele fica fora do SisNAS e não recebe financiamento público.

Em locais onde não houver oferta privada suficiente, o texto da Norma permite ações temporárias de cobertura pública (o governo local pode intervir e criar ou fortalecer hospitais públicos) até que haja oferta adequada pelo setor privado.

Como são definidas as tabelas de preços e coberturas para cada procedimento?

Há previsão de tabelas de cobertura que podem variar conforme a realidade de cada município ou estado, definidas pelo Conselho Gerencial Municipal e Conselho Econômico Municipal.

Os valores e procedimentos cobertos precisam ser públicos e atualizados regularmente para acompanhar as mudanças de custo.

Se um prestador quiser cobrar acima do que está na tabela, ele não poderia fazer parte do SisNAS ou não receberia o reembolso extra além do limite fixado. O importante é que a população saiba com antecedência o que o voucher cobre ou não.

O que acontece se a verba do voucher não for suficiente para cobrir um tratamento muito caro?

Em casos de tratamentos de alta complexidade, podem existir tabelas especiais ou regras de cobertura adicional, principalmente para casos urgentes ou graves, previstas no próprio SisNAS.

Também há a previsão de rateio em decisões judiciais (por exemplo, se um juiz determinar a obrigatoriedade de custear algum tratamento não previsto), distribuindo custos entre as esferas federal, regional, estadual e municipal.

Isso evita que o paciente fique desassistido quando o procedimento ultrapassa o valor comum do voucher.

E a saúde preventiva e programas como vacinação, pré-natal ou saúde da família?

A vigilância sanitária e epidemiológica permanece como uma competência dos departamentos de saúde em cada nível do governo, com campanhas obrigatórias de vacinação e prevenção de doenças.

O SisNAS não substitui a atuação do poder público em programas de saúde preventiva, que continuam sendo executados pelos governos (federal, regional, estadual e municipal).

A ideia é que ações preventivas permaneçam ativas e até se integrem melhor ao sistema, pois as mesmas plataformas tecnológicas poderão agendar vacinas e acompanhar a população.

Como fica a saúde mental? Teria cobertura de psicólogos e psiquiatras?

O texto Normativo fala em cobertura de saúde em geral, sem excluir saúde mental. Portanto, psicólogos, psiquiatras e clínicas poderiam se credenciar.

Se estiverem cadastrados, o voucher cobriria atendimentos, desde que previstos na tabela de cobertura.

As regras de cada ente federativo podem definir prioridades e ampliar a cobertura para populações mais vulneráveis, inclusive no campo da saúde mental.

Como seria a transição do sistema atual (SUS) para o SisNAS?

Na prática, o SUS não “sumiria” do dia para a noite; haveria um período de transição em que o SisNAS começaria a funcionar paralelamente.

As instituições públicas de saúde já existentes seriam integradas ao SisNAS. Durante esse período, as pessoas poderiam conhecer o novo sistema, fazer seu cadastro, obter o voucher etc.

Cada governo local (municipal, estadual) decidiria como manter suas estruturas e eventualmente migrar ou complementar com o modelo de voucher, respeitando as demandas e realidades regionais.

Há risco de privatização total da saúde?

O texto Normativo prevê a possibilidade de atuação 100% pública, concessões ou parcerias. Logo, cada ente federativo pode manter seus hospitais públicos se assim desejar.

Nada obriga a “privatização total”. O modelo oferece alternativas para quem quer permanecer nos serviços públicos ou, se preferir, buscar o privado credenciado.

Em áreas onde o setor privado não demonstra interesse (por exemplo, cidades muito pequenas e distantes), o poder público assume temporariamente até garantir que a população não fique sem atendimento.

Como esse sistema de vouchers e a participação de hospitais privados podem impactar a economia do país?

Competitividade: O sistema de vouchers cria um mercado de saúde mais competitivo, fazendo com que hospitais e clínicas busquem eficiência para atrair pacientes.

Melhor alocação de recursos: Ao invés de o governo construir e gerir todos os serviços, parte dos recursos circula pela iniciativa privada, o que pode reduzir custos administrativos.

Estimula investimentos: Hospitais e clínicas têm incentivo para se modernizar e oferecer bons serviços, o que pode gerar novos empregos e fomentar a economia local.

Como as empresas e o setor privado se beneficiariam com esse modelo?

Recebimento garantido de recursos públicos: Ao aceitar o voucher, a empresa recebe pagamento diretamente do governo (via SisNAS) pelos atendimentos realizados.

Expansão da base de clientes: Pessoas que antes só tinham o SUS como opção passam a poder procurar hospitais privados credenciados, aumentando a demanda.

Incentivos à qualidade: Para atrair mais pacientes, a empresa tende a melhorar infraestrutura e serviços, o que fortalece seu prestígio no mercado.

O SisNAS vai necessariamente reduzir o tamanho do Estado?

Estado mais enxuto: Há potencial para reduzir a estrutura estatal na saúde, pois parte da prestação de serviços fica a cargo de prestadores privados credenciados.

Foco na regulação: Em vez de operar diretamente todos os hospitais, o Estado se concentra em fiscalizar, regular e garantir recursos via voucher.

Não significa ausência de Estado: Continham-se hospitais públicos e unidades básicas de saúde, especialmente em locais onde o setor privado não supre a demanda. Portanto, o papel do Estado permanece importante, mas mais focado na coordenação e auditoria, menos na gestão direta de todas as unidades.

Quais os benefícios para o cidadão comum em termos econômicos e de opções?

Sem pagamento extra: O voucher é fornecido pelo governo (com recursos vindos dos impostos). O cidadão não paga diretamente pelo serviço, a não ser que opte por algo acima da cobertura tabelada (regulamentação e definição de cada território).

Acúmulo de saldo: O valor não utilizado se acumula, podendo ser usado para procedimentos futuros ou mais caros (conforme regulamentação de cada território).

Melhoria da qualidade: Com mais concorrência e poder de escolha, o cidadão tende a encontrar serviços melhores e filas menores, o que pode poupar tempo e dinheiro (por exemplo, menos faltas ao trabalho devido a longas esperas).

Como fica quem está doente e precisa de atendimento imediato?

Atendimento de urgência/emergência: Assim como no modelo atual, em situações de risco de vida, o atendimento deve ser imediato. O fato de o hospital ser público ou privado credenciado não impede o socorro emergencial.

Rede credenciada: No sistema SisNAS, a maioria das unidades de saúde de uma região tenderá a aderir ao voucher (pois é uma fonte de recursos).

Possibilidade de escolha: Se houver mais de um hospital credenciado na região, você escolhe o mais acessível ou de sua preferência (se estiver em condições de fazê-lo). Em casos de ambulância e urgência, normalmente o paciente é encaminhado ao serviço de pronto-atendimento mais próximo.

O que muda para os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, etc.)?

Contratação mista: Haverá oportunidades em unidades públicas (geridas diretamente pelo governo) e em unidades privadas que participem do SisNAS.

Expansão do mercado de trabalho: Como o voucher garante pagamento, muitas clínicas e hospitais privados podem se expandir, criando mais vagas para profissionais de saúde.

Valorização do profissional: Com a competitividade, prestadores vão buscar médicos qualificados para oferecer melhor serviço, o que pode melhorar salários e condições de trabalho.

Como garantir a qualidade do atendimento se tem tanta liberdade para o setor privado?

Fiscalização constante: O SisNAS obriga todos os credenciados a passarem por auditorias regulares.

Avaliação de desempenho: A satisfação do usuário e o cumprimento de normas técnicas são verificados. Hospitais que não seguirem padrões de qualidade podem sofrer sanções ou até perder o credenciamento.

Competição saudável: Se um hospital não oferecer bom atendimento, os pacientes podem preferir outro. Assim, existe pressão do mercado para manter qualidade.

Como se mede a adequação e a eficiência da saúde nesse novo modelo?

Indicadores de saúde: O SisNAS prevê relatórios e auditorias. Eles devem incluir taxas de ocupação hospitalar, tempo de espera, satisfação do paciente e resultados clínicos.

Transparência de dados: Os relatórios de uso do voucher, despesas e resultados clínicos devem ser publicados. Isso permite comparar a eficiência de diferentes hospitais e regiões.

Participação popular: O cidadão pode avaliar os serviços recebidos. Se um hospital estiver com problemas, as queixas podem gerar investigações e melhorias.

Reduz mesmo o gasto público ou apenas transfere?

Eficiência administrativa: Em vez de o governo manter grandes estruturas próprias em todas as regiões, parte dos serviços é feita por prestadores privados, o que pode baixar custos de operação e gestão.

Menos desperdício: Com controle digital do voucher e auditorias, é mais difícil cometer fraudes e desvios. Também reduz gastos com estruturas subutilizadas ou mal geridas diretamente pelo Estado.

Foco no essencial: O Estado concentra esforços nas áreas onde a iniciativa privada não atua bem (regiões remotas, alta complexidade), evitando duplicar serviços.

Quais as vantagens para todos os lados?

Para o cidadão: Menos filas, liberdade de escolha, atendimento potencialmente mais ágil, transparência no uso dos recursos.

Para o governo: Possibilidade de focar em gestão, fiscalização e auditoria, reduzindo a necessidade de administrar diretamente tantos hospitais.

Para as empresas: Novo mercado financiado via vouchers, maior incentivo para investir e melhorar a qualidade dos serviços.

Economia geral: Ao alinhar financiamento público com gestão privada (quando vantajoso), pode-se obter mais eficiência, reduzir desperdícios e estimular a concorrência.

Controle de qualidade: Auditorias, participação popular e avaliações constantes ajudam a manter o padrão de atendimento.